Em que o patrimônio imaterial afeta a noção de patrimonialização? O reconhecimento patromonial das especificidades locais é compatível com um contexto global de homogeneização? Como construir um conhecimento distanciado sobre uma memória conflituosa e recente? As mediações documentais e digitais limitam-se a um papel de conservação ou de ilustração do patrimônio? Elas não garantiriam a continuidade da memória social de patrimônios desaparecidos e a renovação das práticas patrimoniais da sociedade?
A obra aborda essas questões por meio de uma tensão entre a memoração e a patrimonialização. Esse ponto de vista é compartilhado pelos pesquisadores franceses e brasileiros que se reuniram para tornar visível um campo de pesquisa que lhes é transversal e para os quais a novidade patrimonial reside em renovar a concepção de constituir patrimônios mediante o lugar concedido à memória.